terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Um pouco sobre marketing - exercício mental


Durante muito tempo tentei encontrar uma definição sobre marketing que ficasse mais próxima da minha realidade. Ou pelo menos situações em que eu pudesse sentir claramente a atuação do marketing.
Marketing não é apenas vendas. Não é promoção. Não é relacionamento. Não é encantamento. É simplesmente a união disso tudo e muito mais.
Para chegar nessa percepção, que parece simples e totalmente óbvia, não é preciso muito esforço. A maior dificuldade está em aplicar esses conceitos. Por isso, sempre procurei essa forma de trazer o marketing para a minha realidade.
Livros, palestras, aulas, oficinas... Tudo isso trouxe uma carga de conhecimento muito grande, ótimas dicas para fazer o marketing por completo, ferramentas auxiliares, etc.
Porém no momento de aplicar esses conhecimentos, tudo parecia ficar muito distante e fora das possibilidades que eu ou a empresa tínhamos.

Na busca de uma solução para essa dificuldade, procurei encontrar o marketing mais próximo possível. Busquei na minha mente experiências vividas onde o marketing estava presente, momentos em que pude sentir o marketing de perto. Isso mesmo. Algo tangível, próximo de mim. Um exercício mental simples que abre portas que antes pareciam intransponíveis.

E nesses devaneios, encontrei uma série de experiências que facilitaram muito a compreensão e, principalmente, a aplicação do marketing por completo.

Procurei relembrar momentos de minha infância e já aí encontrei um contato com o marketing muito intenso.

Lembro que quando garoto, por volta dos meus seis ou sete anos de idade, meu pai sempre ia ao mesmo cabelereiro. Como a maior parte das crianças, eu sempre relutava em deixar que alguém cortasse meus cabelos. A impaciência de ficar sentado na cadeira e ter alguém mechendo em seus cabelos é torturante para uma criança. Porém, naquele salão as coisas eram diferentes. Sempre que o corte de cabelo era encerrado, as crianças recebiam das mão do generoso senhor uma ou duas balas, as vezes gomas de mascar. Aquelas guloseimas eram a salvação de muitos pais e mães. Em pouco tempo as crianças sabiam que sempre que fossem lá e se mantesse comportadas, receberiam os doces. Pois bem, isso teve um efeito tão grande, mexia tanto com as pessoas, que até hoje não vou em outro salão, a não ser lá. Não ganho mais os doces, mas aquilo fez a diferença. Muitas das crianças que, assim como eu, recebiam suas balas, hoje adultas continuam a freqüentar o mesmo lugar. Algumas já levam seus filhos...

E essa é apenas uma das muitas histórias que mostram como o marketing faz a diferença e como ele pode ser facilmente aplicado. Acho que o maior segredo é saber sentir essa simplicidade e passar ela adiante. A quantia de informações disponíveis sobre vendas, marketing de relacionamento, técnicas de vendas, e tudo mais por vezes faz parecer que é tudo muito complicado e difícil de aplicar.

Deixo aqui minha sugestão: faça também esse exercício mental. Procure lembrar, desde a sua infância, situações onde o marketing estava presente. Situações que marcaram você e por isso estão na sua memória. Faça anotações, reviva mentalmente essas situações, escreva essas histórias. Tenho certeza que o marketing vai ficar muito simples.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo enfoque. Você conseguiu o que muitos tentam e falham: Explicar, de forma simples, e até mesmo lúdica, a presença do marketing em situações simples, onde está presente um dos principais objetivos que é a fidelização de clientes.